A UNIVERSIDADE Eduardo Mondlane lançou oficialmente no dia 18 de Fevereiro, em Maputo, o curso de Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa.

Trata-se do primeiro curso superior no país e na região de África Austral que se vai dedicar, ao nível mais alto, sobre o estudo da cultura e da língua chinesa. Com este curso espera-se reforçar cada vez mais a cooperação entre Moçambique e a República Popular da China, cujas relações datam dos anos 50 e que têm resultado na formação de muitos moçambicanos em diversos sectores considerados estratégicos para o desenvolvimento do país.
O embaixador da China em Moçambique, Su Jian, que presenciou o acto de lançamento, vincou que o curso representa mais um passo no longo intercâmbio dos dois países nas áreas da cultura e da educação.
Por outro lado, segundo Su Jian, este curso significa mais uma porta aberta para os moçambicanos conhecerem com mais pormenor os contornos da cultura chinesa, em particular, e do Continente Asiático, em geral.
O embaixador entende que o domínio da língua chinesa actualmente significa oportunidades para os jovens africanos, por ver no mandarim como a “língua do futuro”.
Anualmente cerca de 30 milhões de pessoas no mundo, por algum motivo, frequenta um curso de língua chinesa. No Continente Africano, segundo o embaixador, há cada vez mais cidadãos que procuram dominar a língua chinesa, desde funcionários públicos, académicos, empresários, até ao simples cidadão.
No âmbito da parceria existente entre Moçambique e a China, 300 moçambicanos encontram-se actualmente a frequentar cursos superiores em diversas universidades daquele país asiático. Até ao fim da formação estes moçambicanos terão domínio do mandarim.
Segundo dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, citados pelo Su Jian, cerca de cem moçambicanos fala e escreve fluentemente em mandarim.
Para Jian, o seu país continuará empenhado para que mais moçambicanos conheçam a cultura e a língua chinesa.
Na ocasião, o vice-reitor para área de Administração e Recursos, Ângelo Macuácua, disse que o acto de lançamento era mais um marco na solidificação das relações de amizade entre os dois países.
De acordo com o vice-reitor, o curso de Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa vem responder a necessidade do mercado e do empresariado, que procura atrair para si oportunidades de negócio e de investimento bem como parcerias comerciais com empresários chineses.
Aos estudantes que fazem parte desta primeira edição, o vice-reitor frisou que “ao abraçarem este curso abrem-se muitas oportunidades, não apenas para os que vão frequentar mas também para o país poder capitalizar as oportunidades de cooperação com a China”.
Abílio Mondlane, que falava em representação dos estudantes, disse que esperam alcançar competências referentes ao domínio da língua e a respectiva cultura de tal modo que lhes permita difundir pelo país e pela região. “Este é mais um desafio por superar na nossa vida e carreira estudantil. É neste curso onde residem as nossas esperanças e motivações”, disse.
O curso de Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa é leccionado na Faculdade de Letras e Ciências Sociais e o primeiro grupo é composto por 30 estudantes.