Trata-se
do primeiro curso superior no país e na região de África Austral que se
vai dedicar, ao nível mais alto, sobre o estudo da cultura e da língua
chinesa. Com este curso espera-se reforçar cada vez mais a cooperação
entre Moçambique e a República Popular da China, cujas relações datam
dos anos 50 e que têm resultado na formação de muitos moçambicanos em
diversos sectores considerados estratégicos para o desenvolvimento do
país.
O
embaixador da China em Moçambique, Su Jian, que presenciou o acto de
lançamento, vincou que o curso representa mais um passo no longo
intercâmbio dos dois países nas áreas da cultura e da educação.
Por
outro lado, segundo Su Jian, este curso significa mais uma porta aberta
para os moçambicanos conhecerem com mais pormenor os contornos da
cultura chinesa, em particular, e do Continente Asiático, em geral.
O
embaixador entende que o domínio da língua chinesa actualmente
significa oportunidades para os jovens africanos, por ver no mandarim
como a “língua do futuro”.
Anualmente
cerca de 30 milhões de pessoas no mundo, por algum motivo, frequenta um
curso de língua chinesa. No Continente Africano, segundo o embaixador,
há cada vez mais cidadãos que procuram dominar a língua chinesa, desde
funcionários públicos, académicos, empresários, até ao simples cidadão.
No
âmbito da parceria existente entre Moçambique e a China, 300
moçambicanos encontram-se actualmente a frequentar cursos superiores em
diversas universidades daquele país asiático. Até ao fim da formação
estes moçambicanos terão domínio do mandarim.
Segundo
dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, citados
pelo Su Jian, cerca de cem moçambicanos fala e escreve fluentemente em
mandarim.
Para Jian, o seu país continuará empenhado para que mais moçambicanos conheçam a cultura e a língua chinesa.
Na
ocasião, o vice-reitor para área de Administração e Recursos, Ângelo
Macuácua, disse que o acto de lançamento era mais um marco na
solidificação das relações de amizade entre os dois países.
De
acordo com o vice-reitor, o curso de Licenciatura em Língua, Cultura e
Literatura Chinesa vem responder a necessidade do mercado e do
empresariado, que procura atrair para si oportunidades de negócio e de
investimento bem como parcerias comerciais com empresários chineses.
Aos
estudantes que fazem parte desta primeira edição, o vice-reitor frisou
que “ao abraçarem este curso abrem-se muitas oportunidades, não apenas
para os que vão frequentar mas também para o país poder capitalizar as
oportunidades de cooperação com a China”.
Abílio
Mondlane, que falava em representação dos estudantes, disse que esperam
alcançar competências referentes ao domínio da língua e a respectiva
cultura de tal modo que lhes permita difundir pelo país e pela região.
“Este é mais um desafio por superar na nossa vida e carreira estudantil.
É neste curso onde residem as nossas esperanças e motivações”, disse.
O
curso de Licenciatura em Língua, Cultura e Literatura Chinesa é
leccionado na Faculdade de Letras e Ciências Sociais e o primeiro grupo é
composto por 30 estudantes.